“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”
João 10:27 - NVI
Imagem gerada por inteligência artificial via ChatGPT (OpenAI), com base na descrição: “Jesus ensinando multidões no Sermão da Montanha em estilo renascentista”
Irmãos, as bem-aventuranças não são apenas palavras de consolo distante, mas um retrato íntimo daqueles que aprenderam a respirar o ar do Reino. Jesus, por sua vez, não aponta para um sucesso alcançado por mérito, mas revela o coração daqueles que, quebrantados pela graça, descobriram a doce liberdade de viver sob o governo do verdadeiro Rei.
O Reino dos céus é dos pobres em espírito, não dos que se escondem atrás de suas certezas, mas dos que, como o filho pródigo, reconhecem sua indigência e se lançam nos braços do Pai. O pranto que traz consolo não é uma tristeza passageira, mas aquele que lava a alma, como as lágrimas de Pedro, que, após negar Jesus, encontrou perdão ao olhar para o rosto do Mestre. A mansidão que Cristo exalta não é mera passividade, mas a coragem de abrir mão da própria defesa, confiando que Ele é quem justifica, assim como o Cordeiro, que em silêncio, carregou a cruz por amor.
O discípulo verdadeiro tem fome e sede de justiça, não para ser reconhecido, mas porque anseia ver a terra banhada pela bondade de Deus. Ele estende a misericórdia sem calcular, pois sabe que cada gesto de compaixão é um eco do Calvário. Seu coração, purificado pela Palavra, aprendeu a tremer diante do pecado e a alegrar-se na santidade. Ele promove a paz, mesmo quando custa lágrimas, pois carrega em si a reconciliação que recebeu de Cristo. Por viver assim, será perseguido, mas, ah, que alegria saber que o Reino já lhe pertence!
Ser bem-aventurado, não é escapar da dor, mas sentir o abraço do Pai mesmo no vale. É descansar na promessa de que, em Jesus, já temos paz com Deus (Rm 5:1), e nada, nem a morte, pode roubar essa certeza. Tal discípulo não é perfeito, mas é transformado: suas cicatrizes contam histórias de graça, e seus passos vacilantes são sustentados pelo Bom Pastor.
Hoje, o Senhor nos pergunta com ternura: “Filho, filha, você deseja ser moldado por Minhas mãos?” Não importa onde você esteja, se ainda hesita, se caiu, se teme não ser capaz. Ele não exige resultados, mas um coração aberto. Deixe que as bem-aventuranças não sejam um ideal distante, mas o caminho diário de quem aprendeu a dizer: “Sim, Senhor. Escreva Tua história em mim.”
Que possamos, juntos, seguir Jesus não como admiradores ocasionais, mas como ovelhas que reconhecem a voz do Pastor e, n'Ele, encontram vida plena.
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