Em 1 Coríntios 13, Paulo diz com todas as letras: sem amor, nada somos. Ele descreve dons espirituais, sacrifícios extremos, conhecimento profundo, fé capaz de mover montanhas — mas tudo isso, sem amor, não tem valor algum. Nesse sentido, o amor não é apenas um sentimento ou uma virtude entre outras; é a marca da nova criatura, o selo da maturidade cristã.
O amor é paciente e bondoso. Não se exalta, não guarda rancor, não busca os próprios interesses. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E, diferente dos dons, que são temporários, o amor jamais passará.
É isso que Jesus cobra da igreja em Éfeso (Ap 2) — e de nós, hoje. A verdadeira religião não começa com conhecimento, nem com ministérios, nem com cargos. Começa com o amor que nos constrange diante da cruz. Se ouvir sobre o sacrifício de Cristo — isto é, sobre a maior manifestação de amor — já não nos faz mais dobrar os joelhos, então há algo que precisa urgentemente ser reacendido dentro de nós.
Portanto, voltemos ao lugar onde o amor era tudo. Que façamos da cruz o centro novamente. Que deixemos o Espírito Santo reacender em nós o fogo do amor que vem antes — o amor que move, que restaura, que transforma.